Nossa história

No meio dessa correria que anda o trabalho, o mundo dos blogs alegrou minha vida me mostrando o cantinho da Manu e do Igor (Muita calma nessa obra). Não vou falar muito sobre como a casa deles está ficando incrível, porque isso vocês podem conferir lá.

Acontece que o primeiro post que li no blog não foi sobre a casa, mas sim sobre a história deles (que adorei!) e ai parei para pensar que nunca escrevi um post sobre a minha história com o Rafael. Querem saber um pouquinho, sob o meu ponto de vista?

um ano depois de nos conhecermos

Pouco depois de completar 27 anos, meu então namorado (com quem comecei a namorar com 23 anos) resolveu terminar novamente o namoro. No dia, chorei muito e falei como achava que podíamos fazer dar certo; no dia seguinte, peguei com uma amiga a indicação de um psicólogo.

A primeira coisa que disse ao psicólogo foi: vim aqui porque quero conseguir não voltar novamente com meu ex. Ele é uma boa pessoa, não entendam mal. Só que todo mundo já sabia que nosso relacionamento não dava certo e, quando eu tive um momento de lucidez e percebi isso, quis certificar que manteria assim, no caminho certo.

Passado um mês, estava em um barzinho com uma amiga (que também tinha acabado de terminar o namoro) e ela me contou sobre o tal aplicativo Tinder, que era uma moda recente entre os solteiros. Ela não tinha chegado a conhecer pessoalmente nenhum dos caras que conversava por lá, mas estava sendo o suficiente para dar um up na autoestima.

Resolvi baixar o app para ver qual era a dele e tive algumas combinações, mas acabei conversando mesmo apenas com dois caras. O primeiro parecia um cara sério, era um pouco mais velho, parecia ter a vida já em ordem, mas não tinha tanto papo.

O segundo me pegou de conversa num momento inesperado. Um dia, enquanto minha amiga dava banho na filha bebê dela e eu mexia no meu celular, ele me perguntou sobre o local de uma das minhas fotos. Era em um parque, em Londres, de onde havia acabado de voltar de viagem. Ele contou sobre o tempo que morou em Portugal. A conversa foi rendendo, eu fui embora de onde estava, mas a cada semáforo que parava respondia uma mensagem dele.

Era essa a foto sobre a qual ele me perguntou

Chegando em casa, nos adicionamos no Facebook e a conversa continuou. Vi na timeline dele um comentário sobre a exposição do Escher, que estava rolando em BH e ele me disse que já tinha ido e adorado. Comentei que estava doida para ir, mas não tinha conseguido companhia para os horários que eu podia ir. E veio o convite: "Vamos então! Amanhã?"

Fomos primeiro num bar, depois na exposição e, de lá, numa pizzaria super romântica. Ao sairmos, depois de umas 6 horas de conversa super gostosa, atravessando a rua caminhando para o carro, ele me segurou e nos beijamos.

Quando contei para o meu psicólogo que tinha saído no domingo, com um cara que conheci num aplicativo e que tinha sido super gostoso, ele me perguntou o motivo da pressa. Tinha acabado de terminar um namoro, por que eu não conseguia ficar sozinha? Disse a ele que não estava procurando um relacionamento, mas que também não fugiria de um, se parecesse certo.

E não podia ter sido mais sincera! Depois do primeiro encontro tudo fluiu bem gostoso e o pedido de namoro veio como o melhor presente de Natal.

Como nossa história começou pela internet e sempre envolveu muitas conversas por ali (whatsapp, messenger do Facebook, etc.), no dia dos namorados fiz um livrinho com prints de trechos de conversas que tivemos, desde o primeiro "oi" até o cartão que acompanhou o pedido de namoro.

Em meados de 2014 já estávamos cheios de planos para a reforma do apartamento que, no início era tratado como "meu", mas com o passar dos meses o "nosso" começou a escapulir, sem querer, de vez em quando

Minha mudança foi no início de dezembro. Ele ficava muito no apê, para me ajudar com as coisas que faltavam. Depois, mais roupas foram vindo e permanecendo por aqui. Veio o microondas, a bicicleta de spinning, o móvel de cabeceira..

Hoje moramos juntos, apesar de nenhum dos dois ter concluído realmente a mudança e eu tenho a certeza de que fiz a coisa certa ao não fugir.

E vejo, também, que não é tempo de namoro que dita o momento de morar juntos. São tantas coisas que se pode analisar, mas acho que o mais importante e não é racional: é aquela sensação de tranquilidade que a gente só sente quando está fazendo a coisa certa.

Beijos